Mude de lugar pelo menos uma vez em cada ano.
(Dalai Lama)










(Ponte Rio Niteroi RJ)
Logo na travessia da barca que, durante uma hora e quinze minutos, possibilitou um visual lindíssimo, fui sendo contemplada no coração. Tudo indicava que ia ser um fim de semana bem diferente.
A chegada ao local formoso e singelo me colocou em terra firme com o coração saltitando como adolescente menina.
À hospedagem em primeiro lugar, acomodar mente, corpo e coração para saborear internamente tudo que iríamos viver.
Visitar os artesanato e agradar os olhos.
O sonhado passeio de pedalinho, me recordou meus apenas dezesseis anos quando lá estive pela primeira vez.
Em frente à Baía de Guanabara, ao lado de Niterói, Magé, vislumbrando ao longe, a serra de Teresópolis, situada está a Ilha.
Passear com vontade, tirei as costumeiras fotos pela orla marítima.
Não poderia almoçar diferente do que um delicioso bobó de camarão.
Tão boas as novidades de tal ventura, em vibração constante.
Poder repousar após refeição, afinal a mente extasiada necessita de ser pacificada para continuar a tarefa salutar de nos envolver.
O primeiro que fiz por lá, na realidade, foi visitar o Santíssimo, rezar um pouco e me tornar mais gente, colocando minha gratidão ao Bom Deus que me quer agradar sempre.
Enfim, desfrutar da tarde, vislumbrando a Praia da Moreninha famosa, mas deixando o apreço para o outro dia bem cedo.
O Parque da Cidade para do verde apreciar, do mar e do delicioso e antigo biscoito de polvilho globo, pelo eventual desejo de retomar aos sonhos infantis.
Presença das garças, do canto dos pássaros. Samambaias enormes.
Quando as lembranças nos invadem a alma e não sabemos como retê-las... foi assim por lá, naquele passeio que me encheu de boas lembranças da pré juventude.
Raízes gigantescas das plantas e árvores, deu para refletir sobre as minhas. As raízes da amizade, do amor, da maternidade, da mulher, da mãe, da avó, da pessoa, da companheira, da parceira, da amiga.
O silêncio toma conta do Parque e do coração em total felicidade.
O cafezinho com gostinho da tarde e saboreado em local tão pitoresco torna a tardezinha mais agradável, tudo ficou mais gostoso apesar da simplicidade do local.
A marola quebrada no calçadão anunciando um bravo temporal que se fez cair por todo Rio de Janeiro naquele dia memorável.
O recolhimento antecipado para o renovar da esperança e da fé, para a chegado ao local de morada, também o da caridade que nunca completa é.
Vivemos tão desatentos, à superfície, à deriva como uma ilha, igualzinha a que revisitei e os impulsos da Graça passam como se passaram tão rapidamente aqueles dias tão cheios de ternura e encantamento.
Novo dia, nova forma de ver a vida e de fortalecer a criatividade, a Pedra dos Namorados, nem pedra podíamos atirar e fazer um pedido, pois, segundo o cocheiro da charrete que me conduzia pela cidade, se atribui "a escassez do pretendente" , ri muito no dito popular do homem.
Para contrabalançar, passar pelo Túnel do Amor que desemboca na tão querida Praia da Moreninha do romance tão lindamente inspirado de José de Alencar.
De lá, não dá para deixar entrar e sair do coração todos os recantos aconchegantes, só restava esperar um pouco a barca de novo chegar para o regresso ao lar, do outro lado da Ilha.
Prosseguir é preciso.
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.
Tem todo um encanto de uma Ilha habitada
Belo passeio pelas ilhas da vida!
(Passeio realizado no ano de 2010)














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