sábado, 30 de agosto de 2025

A Viagem do Viver

 

(foto pessoal Campos do Jordão SP




Instantes

"Se eu pudesse novamente viver a minha vida, na próxima
trataria de cometer mais erros. 
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais, seria mais tolo do que tenho sido. 
Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério. 
Seria menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. 
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvetes e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. 
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e profundamente cada minuto de sua vida; 
claro que tive momentos de alegria. 
Mas se eu pudesse voltar a viver trataria somente de ter bons momentos. 
Porque se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos; 
não percam o agora. 
Eu era um daqueles que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um paraquedas e, se voltasse a viver, viajaria mais leve. 
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. 
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. 
Mas, já viram, tenho 85 anos e estou morrendo."


4 comentários:

  1. Roselia,

    que texto tocante!
    Enquanto lia, fui sentindo cada palavra como um convite a viver com mais leveza. É tão fácil nos perdermos na busca da perfeição e esquecermos que a vida é feita desses instantes simples um entardecer, uma risada, um gesto de afeto. Obrigada por me lembrar que o agora é o verdadeiro tesouro.

    Com carinho,
    Fernanda

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  2. Quis vir novamente aqui comentar
    este texto com mais calma.
    Roselia,

    Que texto profundo e cheio de verdades universais… Ele nos lembra que a vida é feita de momentos simples e que muitas vezes deixamos passar por estarmos ocupados demais tentando “ser sensatos” ou perfeitos. Cada linha é um convite a viver com mais leveza, a rir mais, a contemplar mais, a arriscar mais e a valorizar o agora, porque, como bem diz o texto, é disso que a vida realmente é feita.
    Senti uma mistura de nostalgia, ternura e urgência ao lê-lo a urgência de não esperar para abraçar a vida com todos os seus riscos e encantos, de experimentar mais, de sentir mais intensamente cada instante. Um lembrete doce e poderoso de que, mesmo que não possamos voltar atrás, podemos ainda escolher viver com mais leveza, atenção e alegria.
    Com carinho e admiração,

    Fernanda

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